Sabemos que a busca pela simetria pode ser incessante e frustrante, tanto para o paciente quanto para o Dermatologista, também sabemos que a assimetria faz parte da natureza humana. Estudos mostram que assimetria inferior a 30% não provoca comprometimento relevante na estética e, por isso, nem sempre é necessário tratá-la. Harmonia, equilíbrio e beleza. Isso é o que todos buscam no consultório dermatológico e que é tão facilmente reconhecido pelos nossos olhos. Hoje, sabemos que a beleza não é algo tão subjetivo como pensávamos até pouco tempo atrás. Ela é estudada e até mesmo calculada. Estudando a antropometria- estudo das medidas e dimensões de diversas partes do corpo humano, hoje sabemos que no nosso corpo, assim como na natureza, o que é belo é determinado pela proporção áurea.
Matematicamente falando, a proporção áurea é uma constante real algébrica irracional, obtida através de um cálculo matemático, cujo resultado final é 1,618 e é esse código que determina o embelezamento na natureza e na nossa face. A simetria traduz harmonia e embelezamento na face. Estudos comprovam que a face harmoniosa possui os 3 terços equivalentes, quando traçamos uma linha horizontal na altura do couro cabeludo, base do nariz e base do queixo. O mesmo vale para os 5 quintos da face quando traçamos linhas verticais que vão da área mais lateral da face, canto externo dos olhos, canto interno dos olhos passando pela asa nasal e assim por diante. O espaço entre a base nasal até o lábio superior deve ser um terço para 2 terços, quando comparado com o espaço do lábio até o final do mento (queixo).
A face, tida como bela, possui a largura do nariz equivalente à largura entre os olhos, o lábio superior com proporção de 1 para 1,618, quando comparado ao inferior e a proporção da largura do rosto de 3 para 4, quando comparada à altura. A estética facial precisa respeitar conceitos diferentes, quando se trata de uma face feminina ou masculina. Estudos demonstram que a face masculina bela, apresenta um rosto mais retangular, com menos volume na área zigomática (maçã do rosto) e queixo mais pronunciado (que se equivale ao tamanho da boca). Já a face feminina deve ser mais delicada, com área zigomática mais evidente e queixo mais fino (do tamanho da base nasal).
Sabemos que a busca pela simetria pode ser incessante e frustrante, tanto para o paciente quanto para o dermatologista, também sabemos que a assimetria faz parte da natureza humana. Estudos mostram que assimetria inferior a 30% não provoca comprometimento relevante na estética e, por isso, nem sempre é necessário tratá-la. No cotidiano do nosso consultório, percebemos que a busca incessante pela perfeição pode levar a quadros depressivos e dismórficos, todavia, nós dermatologistas temos como papel resgatar a autoestima dos nossos pacientes com total segurança, saúde física e mental.
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